#02 Princípios básicos para o plantio urbano
- Rafael Faro
- 5 de ago. de 2015
- 2 min de leitura
Para que um projeto seja bem considerado bem idealizado, projetado e executado é de fundamental importância que o estilo e tema estejam definidos porque serão os pontos determinantes para a escolha das espécies vegetais. É indiscutível que certas plantas estão atreladas à alguns temas, como por exemplo os bambus e os bordos japoneses (Acer palmatum),

ou até as bananeiras ou as bromélias que estão relacionadas ao paisagismo no estilo tropical.
Existem três pontos que todo jardim deve ter para ser considerado bem projetado: harmonia, repetição e ritmo. A repetição ajuda a dar sentido ao todo ou à composição, criando um ritmo ao processo de plantio, que apesar de ser ordenado/planejado cria uma atmosfera de naturalidade com a presença de maciços. O ritmo é alcançado com espaçamentos equivalentes entre as espécies. Mas nada impede que que se pense um ritmo progressivo, seguindo esquema de alturas e cores, por exemplo, com plantas avermelhadas, indos para outras alaranjadas e até amareladas. Claro que dentro de cada
Acima, Bordo japones (Acer palmatum) cor existiu a repetição das mesmas espécies, assim, revelando-se um jardim realmente planejado e não um carnaval de espécies que não demonstram um pensamento sobre o ambiente.
Voltando ao assunto das cores: a escolha das cores é a tradução da atmosfera que se quer criar no ambiente. Se a intenção for passar tranquilidade, então pode se pensar em cores mais frias e suaves (amarelo palha, azul claro). Entretanto cores mais neutras e de tons mais quentes podem criar um resultado parecido e a grande vantagem é que

abre-se um leque para uma maior diversidade de plantas com texturas diferentes. Cores mais vibrantes, são as que se consegue atingir um estímulo sensorial maior, portanto, poderia se escolher plantas com colorações laranjas, vermelhas e amarelo. Essas cores dominantes ou vibrantes ficam mais interessantes próximas à residência e não no muro de fundo por exemplo, porque prendem nosso olhar. Nesse fundo, é mais atrativo colocar plantas com colorações mais suaves, pois dão uma noção de profundidade. Para finalizar, é importante ressaltar que cada pessoa tem uma percepção de cor diferente no nosso entorno. Mas é fato que cor é algo que pode afetar nossa idéia de tamanho das coisas A escolha das espécies vegetais pode ir de acordo com tons harmoniosos, que são os que atingem às cores como roxo e lilás, vermelho, amarelo ou laranja, conseguindo
um visual coerente. Os tons complementares usam as cores opostas no círculo cromático (o amarelo e o violeta). Existem os monocromáticos no âmbito paisagístico tambem, que são formados por tonalidades de mesma cor, que podem servir como transição sutil entre outras combinações. E, por fim, as composições policromáticas onde há o uso das cores básicas, tornando o ambiente muito vibrante, mas deve ser usado com inteligencia para não tornar um ambiente cansativo e funcionam bem com gramíneas por conta do tom esverdeado contrapondo-se ao brilho natural destas plantas.
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