#04 Plantio misto
- Rafael Faro - Baseado no livro "Jardim urbano" de
- 19 de ago. de 2015
- 2 min de leitura
Quando falamos em plantio misto, estamos nos referindo à uma combinação de espécies vegetais, que postas em conjuntos, terão atratividade durante o ano todo, com espécies que de floradas sazonais (ou seja, espécies que florescem durante a primavera-verão com espécies de outono-inverno). O grande objetivo é conseguir o máximo da composição.

Quando falamos de composição de plantas sazonais, não necessariamente devemos pensar restritamente à espécies cultivadas direto no solo. Uma maneira é dispor alguns vasos que componham com o ambiente e que abriguem espécies de primavera e verão, pois quebrarão o esquema cromático por um período do ano, devido à suas colorações vibrantes. Entretanto, como já foi falado, esta é uma solução para uma temporada apenas e deve idealizar um jardim, à princípio, com espécies que sejam interessantes ao longo de diversas temporadas. Para isso, pode-se pensar na Macieira silvestre (Malus) e Cerejeira ornamental (Prunus serrulata), no caso de árvores, já no caso de plantas arbustivas, são ótimos exemplos a Verbena (Verbena bonariensis), Viburno mariesi (Viburnum plicatum f. tomentosum “Mariesii”) e Nepeta (Nepeta racemosa).

Mesmo que a espécie escolhida tenha uma floração periódica, é possível prologar a sua floração, não a ponto de ir contra sua própria natureza, mas por algum tempo mais. A melhor forma pode parecer um tanto quanto predatória mas é eficaz, pois quando a planta estiver com uma altura de 30-40cm de altura no final da primavera, deve-se cortar pela metade a metade dos ramos dispostos no canteiro. Em torno de duas à três semanas depois, deve-se fazer o mesmo com a outra metade das espécies, e aí a floração acontecerá mais tarde. É essencial que sejam cortadas após o primeiro florescimento, senão elas ficam mais robustas e compactas. As que se sentem confortáveis com tal processo são Boltonia (Boltonia decurrens) e a Helenium (Helenium autumnale). É necessário que se leve em consideração que apenas plantas de flor no topo do seu único caule não aderem à tal técnica, como por exemplo o Agapanto (Agapanthus africanus).
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